tokusatsu da everest vídeo

E se todas as séries tokusatsu da Everest Vídeo tivessem vindo ao Brasil?

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Os anos 80 e 90 marcaram um dos grandes momentos do tokusatsu no Brasil, pois a televisão (principal meio de comunicação e informação da época) foi bombardeada por heróis japoneses, sendo a maioria dessas produções de tokusatsu da Everest Vídeo. Porém, em entrevistas, seu fundador, Toshihiko Egashira, disse que esse foi justamente o problema.

Como as séries japonesas passaram a fazer um sucesso avassalador, outras distribuidoras e emissoras se dispuseram a trazer mais seriados e, assim, abocanhar um pouco desse mercado que acabou se tornando “carne de vaca” visto que o excesso de tokusatsu acabou cansando o público.

O que Toshihiko tinha em mente era trazer duas séries por semestre para trabalhar bem o seu marketing relacionado às vendas de produtos a fim de fidelizar o público, tal como ocorre no Japão em que duas séries são trabalhadas por ano pela Toei.

Portanto, apresentamos neste artigo uma projeção de como seria o tokusatsu no Brasil se a Everest Vídeo tivesse conseguido trazer duas produções por semestre e a possível reação dos fãs brasileiros ao conhecerem esses heróis. Vamos lá?

Ano de 1988: Changeman e Jaspion

O começo da nossa projeção começa com o real cenário vivido pela tokunet no final dos anos 80. Jaspion e Changeman chegaram à TV brasileira e trouxeram conceitos nunca antes vistos nas séries japonesas exibidas aqui até então, tais como: lutas acrobáticas, explosões, apelo visual, etc.

Isso chamou a atenção do público brasileiro – sobretudo o infantil – e abriu o mercado para a chegada de novos heróis nipônicos como no quadro hipotético que começaremos a tratar a partir de agora.  

Ano de 1989: Flashman e Spielvan

No ano seguinte, a Everest Vídeo segue firme na aposta da franquia Super Sentai e Metal Heroes e traz os sucessores dos heróis anteriores: Flashman e Spielvan.

O fato de Flashman apresentar cores diferentes e uma trama mais dramática acabam sendo os pontos mais fortes da série, enquanto Spielvan cativa a audiência por conta da semelhança com Jaspion, chegando a ser divulgado como Jaspion 2.

Ano de 1989: Maskman e Metalder

No segundo semestre do mesmo ano, Maskman desembarca nas terras tupiniquins cujas pessoas ainda estavam mais envolvidas com Changeman e Flashman por serem os pioneiros do gênero por aqui.

Por outro lado, Metalder apresenta uma proposta diferente e uma história mais séria em comparação com seus antecessores. O personagem desperta o interesse do público juvenil, mas nem tanto do infantil.

Ano de 1990: Liveman e Jiraiya

A chegada da nova década também é tempo da vinda de novos heróis. Liveman, ao contrário de Maskman, apresenta elementos nunca antes visto na franquia por aqui como um trio de heróis, membro amarelo do sexo masculino e mechas no formato de animais. Isso fez a série ser um sucesso.

O mesmo aconteceu com Jiraiya que, diferentemente de Metalder, trouxe uma trama mais leve, personagens cativantes e boas cenas de ação, além do tema ninja despertar a curiosidade de muitos espectadores. 

Ano de 1990: Turboranger e Jiban

O segundo semestre é marcado pela vinda do quarto esquadrão ao Brasil: Turboranger. Por não trazer muitas novidades ao gênero, sua aceitação foi mediana, mesmo considerando a paixão que os brasileiros têm por carros.

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Em compensação, Jiban veio pegando carona no sucesso de Robocop que também chegava ao home-video e TV aberta, o que fez o Policial de Aço ganhar destaque na programação infantil.

Ano de 1991: Fiveman e Winspector

No ano seguinte, a chegada semestral das séries no Brasil começam a se aproximar das exibições anuais no Japão, o que faz a Everest Vídeo mudar a estratégia e trazer duas séries por ano em vez de quatro.

Fiveman, a exemplo de Turboranger, tampouco cativou tanto o público por trazer elementos visuais similares aos antecessores (como Maskman) e trama também (como Flashman).

Contudo, Winspector trouxe algo, até então, inédito nessa fase do tokusatsu no Brasil: a luta contra criminosos em vez de monstros. Por mais que isso tenha gerado o desdém de alguns fãs, conquistou outros que gostaram da série que se aproximava mais da realidade.

Ano de 1992: Jetman e Solbrain

Quando o gênero Super Sentai parecia estar fadado ao fim (inclusive no Japão), a grande novidade chega no ano seguinte: Jetman. A pegada infanto-juvenil da produção e o carisma dos personagens conquistaram em cheio os brasileiros (apesar da preocupação dos pais por conta de Black Condor ser um personagem que bebe e fuma poder causar uma má influência).

Solbrain seguiu o sucesso de Winspector, afinal todos queriam ver a sequência das aventuras do Esquadrão Especial. Apesar de não repetir o sucesso do seu antecessor, a Super Equipe de Resgate manteve uma boa audiência.

Ano de 1993: Zyuranger e Exceedraft

No ano seguinte, o público que havia resgatado a fé nos Super Sentais foi impactado por mais uma série da franquia: Zyuranger. Apesar de Haim Saban tê-la adquirido para a produção de Power Rangers, a Everest Vídeo foi mais rápida e conseguiu trazê-la ao Brasil que fez sucesso por conta de elementos novos (como o striker) e a bilheteria de Jurassic Park.

Isso acabou ofuscando um pouco a presença de Exceedraft, a continuação de Solbrain. Por não manter o ritmo das duas séries anteriores, além da ausência de personagens fixos (como o Chefe Masaki), o esquadrão acabou tendo uma presença mediana na TV.

Ano de 1994: Dairanger e Janperson

Em 1994, a Everest Vídeo muda o nome para Tikara Filmes e, para celebrar a mudança, apresenta ao público um Super Sentai de marca maior: Dairanger, recheado de cenas de excelentes cenas de luta que fizeram os espectadores vibrarem diante da telinha.

Janperson é a série que veio ao lado do Esquadrão das Cinco Estrelas e, apesar do ritmo mais infantil, conquistou os brasileiros que, anos atrás, curtiram bastante as aventuras do Jiban.

O que aconteceu (ou melhor, teria acontecido) após a vinda dessas séries de tokusatsu da Everest Vídeo?

Em 1995, Power Rangers estreia na TV Globo e choca alguns espectadores ao perceberem que se trata de uma adaptação de Zyuranger, exibido dois anos antes. De todos os modos, o fato de os personagens serem americanos, em vez de japoneses, chamou a atenção e fez a série ser um sucesso (sobretudo por ser exibida no maior canal da televisão brasileira). 

Além disso, para a tristeza dos tokufãs noventistas, a revista Herói informa que Spielvan e Metalder não poderão ser reprisados por passaram a pertencer à Saban International na produção de VR Troopers, assim como Zyuranger e Dairanger que, ao perderem seus direitos de exibição, nunca mais seriam transmitidos. Isso fez muitos tratarem de gravar os episódios antes que eles sumissem da telinha.

E agora? O que aconteceu depois disso? Bom, convidamos você a dizer nos comentários como teria sido a continuação desse cenário hipotético do tokusatsu da Everest Vídeo no Brasil!

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