Eiji Kawamura, compositor de Kamen Rider Black, morre aos 78 anos

Eiji Kawamura, compositor de Kamen Rider Black, morre aos 78 anos

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Eiji Kawamura, nome profundamente ligado à história musical do tokusatsu, nos deixou aos 78 anos. A notícia chegou por meio de postagens emocionadas nas redes sociais, feitas por artistas que caminharam ao seu lado ou foram tocados por sua música.

Compositor e arranjador de faixas inesquecíveis, Kawamura foi peça-chave na construção sonora de séries como Kamen Rider Black e sua sequência Kamen Rider Black RX, Juukou B-Fighter, Ninja Sentai Kakuranger e Zeorymer. Sua morte encerra um ciclo, mas sua arte permanece viva — em vinis, fitas, CDs, playlists e, acima de tudo, na memória afetiva de gerações.

Vozes que reverberam gratidão

As palavras do cantor Takayuki Miyauchi, intérprete de temas clássicos do tokusatsu, foram carregadas de emoção. No X, ele agradeceu publicamente por ter cantado músicas compostas por Kawamura, demonstrando o impacto profundo que a obra do compositor teve em sua trajetória.

A letrista Neko Oikawa também expressou seu pesar, lembrando que, mesmo com a partida dos criadores, a música permanece. É esse o paradoxo da arte: ela continua ressoando mesmo quando os artistas se vão.

Trilha de uma geração

Para quem cresceu nos anos 1980 e 1990 no Brasil, Kawamura é mais do que um nome nos créditos. É a energia de Black RX acelerando a infância. É a tensão eletrizante de Zeorymer em tardes do US Mangá na Rede Manchete. É o misto de aventura e mistério de Kakuranger, cujas músicas, com pegada folclórica e batidas marcantes, ajudaram a redefinir o tom das séries Super Sentai.

Com um estilo que misturava elementos eletrônicos, orquestrais e rock, Kawamura soube traduzir heróis, monstros e dilemas em acordes inesquecíveis.

Além do tokusatsu

Embora mundialmente conhecido por seu trabalho em séries de ação japonesa, Eiji Kawamura também colaborou com artistas e projetos fora do gênero. Além do mencionado Zeorymer, um de seus arranjos mais lembrados é o da canção “Tokyo”, interpretada por Takajin e escrita por Neko Oikawa, que se tornou um sucesso radiofônico no Japão. A pluralidade de seu trabalho mostra que seu talento não se limitava às explosões e transformações, mas também às nuances do cotidiano musical.

Marco que atravessa décadas

Se a música é uma forma de eternidade, Kawamura conquistou a sua. Seus temas não apenas embalaram episódios, mas ajudaram a moldar o sentimento de identidade de heróis e vilões. Foram trilhas que prepararam corações para o clímax, que embalaram vitórias e sacrifícios. E é por isso que sua ausência física não significará esquecimento. O impacto de sua obra continuará ecoando nas playlists dos fãs, nas dublagens nostálgicas, nos reencontros com DVDs antigos ou em maratonas de streaming.

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