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Por que os robôs de Super Sentai aumentaram numericamente nas séries?

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Um padrão nas séries tokusatsu são os robôs de Super Sentai, pois todo esquadrão (com exceção dos pioneiros Goranger e JAKQ) tem um robô gigante com a finalidade de combater os monstros de mesmo tamanho.

A primeira equipe a ter um – Battle Fever J e seu Battle Fever Robo – seguiu com ele durante toda série a exemplo de muitas séries que vieram depois como Changeman que também controlava unicamente o Change Robo.

Contudo, ao longo do tempo, as séries passaram a ter cada vez mais robôs gigantes que surgem aos poucos no decorrer da série. Produzimos este artigo para explicar por que essa mudança aconteceu e quais séries foram as responsáveis por ela.

Flashman: recuperando o público cansado

Não é novidade para ninguém que Super Sentai tem como finalidade gerar vendas de produtos relacionados, sobretudo brinquedos. Toda vez que uma série nova estreia, a mídia japonesa é bombardeada de propagandas dos bonecos dos heróis e seus robôs sob o selo da Bandai.

Logo, as vendas costumam ser positivas nos primeiros episódios em que a série é novidade. Mas, e depois? Uma vez que as crianças já tenham adquirido os toys, terão a mesma motivação para continuar brincando com eles? A resposta é não.

Conforme aponta o Usys 222, foi percebido em 1986, ano em que Flashman estava em exibição no Japão, que o público se cansava dos brinquedos de tokusatsu após quatro meses de exibição na TV. Isso deu a eles uma ideia: inserir um novo robô gigante.

Portanto, a dramática cena de Flash King sendo brutalmente destruído pelo Za Sconder foi puramente comercial para fazer a apresentação do Titan e, assim, impulsionar as vendas que já não estavam tão bem quanto antes.

Por que os robôs de Super Sentai aumentaram numericamente nas séries?

Maskman: uma aposta certeira no consumo

No ano seguinte, 1987, o Japão ainda vivia o chamado “milagre econômico japonês” que fez o PNB crescer 4,1%. Assim, uma ideia inédita foi colocada em pauta: o próximo Super Sentai ter cinco veículos que formam o robô.

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A Bandai era um pouco relutante, pois encareceria o processo de fabricação dos brinquedos. Porém, como as vendas de Flashman foram positivas – certamente por conta do lançamento dos dois robôs, Flash King e Titan – essa era uma aposta certeira que acabou dando certo.

Por sinal, a mesma estratégia anterior foi aplicada em Maskman quando a série se aproximava do seu quarto mês de exibição. O Great Five foi derrotado em batalha de modo que a equipe passou a contar com novo robô gigante: o Galaxy Robo (que, por sinal, tem um design bem semelhante ao seu antecessor Titan Junior).

Por que os robôs de Super Sentai aumentaram numericamente nas séries?

Liveman: um upgrade com poder astral nos robôs de Super Sentai

No ano seguinte, 1988, Liveman teve a sua estreia na TV japonesa com o padrão de apenas um robô. Com a vinda de dois novos membros para formar o quinteto, um segundo robô gigante também foi adicionado à equipe. Mas, uma ideia surgiu: fazer com que o Live Robô se unisse ao Live Boxer nos combates, o que gerou um grande problema.

Afinal, quando o boneco do Live Robo foi lançado no mercado, não havia pretensão de torná-lo encaixável com outro brinquedo, a não ser que fosse fabricado um novo toy e feito um recall, o que poderia prejudicar o ROI do produto.

Foi, então, que uma solução “com poder astral” surgiu. Os bonecos do Saint Seiya lançados na mesma época traziam armaduras dobráveis para vesti-los. Assim, o mesmo foi feito com Liveman: o design do Live Boxer foi feito para que o Live Robo o “vestisse” como se fosse  uma armadura. Essa forma de gattai pode ser vista em muitas séries que vieram depois.

Por que os robôs de Super Sentai aumentaram numericamente nas séries?

Assim, concluímos que o aumento dos robôs de Super Sentai ocorreu por uma questão mercadológica, de consumo e com base na economia do país. Um último exemplo (especulativo de nossa parte) é que em 1994 o PNB do Japão cresceu 2,4%, o que fez aumentar a qualidade de vida e, consequentemente, o consumo.

Talvez por isso em Kakuranger vimos uma quantidade muito grande de robôs visto que os dois mechas da série são formados a partir de cinco veículos diferentes.

Contudo, nada disso teria acontecido se os Super Sentais realmente tivessem acabado no início dos anos 90. Confira neste artigo como isso quase aconteceu.

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