Li Ming

Uma Ranger que virou artista contemporânea: conheça Li Ming Hu

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Quem acompanhou Power Rangers RPM certamente se lembra da carismática e ousada Gemma, a Ranger Prateada da temporada. No entanto, a trajetória de sua atriz, Li Ming Hu, vai muito além da tela: ela é historiadora, artista plástica, musicista e já foi até apresentadora de televisão na Nova Zelândia.

Neste artigo, vamos entender como essa artista de origem chinesa-singapurense ganhou destaque em produções importantes e depois reinventou sua carreira nos Estados Unidos.

Li Ming Hu: de Shortland Street ao universo dos Power Rangers

Li Ming Hu nasceu em 22 de junho de 1987, na cidade de Palmerston North, Nova Zelândia, filha de imigrantes chineses-singapurenses. Depois de concluir um mestrado em história na Universidade de Auckland, ela iniciou sua carreira como atriz na série neozelandesa Shortland Street, onde interpretou Li Mei Chen — uma estudante de medicina que rapidamente se tornou médica.

A personagem era conhecida por sua personalidade direta e ambiciosa, o que rendeu a Hu bastante notoriedade local. Li Mei foi descrita como “ríspida e difícil”, e permaneceu na trama por três anos até sua morte causada por um vírus.

A chegada à franquia Power Rangers

Depois de experiências como apresentadora e competidora no reality Treasure Island, Li Ming Hu foi escalada para um papel que a tornaria conhecida mundialmente: Gemma, a Ranger Prateada da série Power Rangers RPM.

Essa temporada, considerada por muitos fãs e críticos uma das mais ousadas da franquia, retrata um mundo devastado por uma inteligência artificial chamada Venjix, que destruiu quase toda a humanidade. Apenas a cidade de Corinth resiste, protegida por uma cúpula e pelos Power Rangers.

Gemma aparece inicialmente como uma das cobaias do programa militar Alphabet Soup, que buscava criar soldados aprimorados. Ela e seu irmão gêmeo, Gem, são peças-chave na resistência contra Venjix, operando os trajes protótipos das séries Gold e Silver.

Ao contrário do tom sombrio da temporada, os dois trazem leveza com suas atitudes otimistas e frases rápidas, funcionando como um contraponto ao clima mais denso da história. A atuação de Li Ming Hu, marcada por energia e carisma, contribuiu para que sua personagem se tornasse memorável.

A complexidade de Power Rangers RPM

Power Rangers RPM estreou em 2009 como a 17ª temporada da franquia e adaptação direta da série japonesa Engine Sentai Go-onger. Apesar de ter começado com direção de Eddie Guzelian, o projeto passou para as mãos de Judd Lynn após mudanças criativas no meio da produção.

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Gravada na Nova Zelândia, a série foi a última a ser exibida pela rede ABC e a última produzida sob o selo da Disney antes do retorno da marca à Haim Saban.

Recepção crítica e legado cultural

Mesmo sendo pensada como a temporada final da franquia — o que de fato ocorreu temporariamente — RPM foi surpreendentemente bem recebida pela crítica. Sites como Flixist e Geeky Brummie elogiaram o tom maduro da história, seus personagens complexos e sua atmosfera influenciada por obras como Mad Max e O Exterminador do Futuro. Personagens como Dillon, Ziggy e a própria Gemma foram destaques em rankings e listas de melhores rangers da franquia.

Retorno em Super Ninja Steel

Nove anos depois, em 2018, Li Ming Hu voltou ao universo Power Rangers em um episódio comemorativo da temporada Super Ninja Steel, que celebrou os 25 anos da franquia. Nesse especial, diversos Rangers clássicos retornam para combater uma ameaça interdimensional.

Li Ming Hu fora das telas

Paralelamente à carreira artística, Li Ming Hu seguiu uma vida acadêmica e institucional. Com um mestrado em história pela Universidade de Auckland, chegou a atuar como tutora universitária e trabalhou por alguns anos na Comissão de Direitos Humanos da Nova Zelândia, demonstrando engajamento em questões sociais.

Artista visual e performer

Depois de se mudar para os Estados Unidos, Li Ming Hu mergulhou no universo das artes visuais. Em 2018, ela ingressou no programa de mestrado do School of the Art Institute of Chicago, uma das instituições mais prestigiadas da área. Seu foco passou a ser escultura, instalação e performance — linguagens que ela explora tanto individualmente quanto em parceria.

Um dos exemplos dessa nova fase é a dupla artística “Riff Raff”, formada por Li Ming Hu e Daphne Simons. Juntas, já expuseram seus trabalhos em espaços como o Art Institute of Chicago e na cidade de Wassaic, Nova York.

Música e teatro

Li Ming Hu também expressa sua criatividade por meio da música. Ao lado de Scott Mannion, formou a dupla The Tokey Tones, que teve projeção no cenário alternativo. Já no teatro, participou da peça Lantern com Andy Wong, na qual ambos interpretam múltiplos personagens em cena, evidenciando sua versatilidade cênica.

Atualmente, vivendo em Nova York e envolvida com múltiplas expressões criativas, Li Ming Hu continua a construir um repertório artístico que vai muito além dos limites das telas. Sua carreira serve como exemplo de como a cultura pop e as artes contemporâneas podem dialogar de forma rica e complementar.

Aliás, outra estrela do tokusatsu que virou artista visual foi Sotaro Yasuda. Confira aqui o conteúdo que produzimos sobre ele!

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