O fim dos Super Sentais: saiba como isso quase aconteceu.
O gênero Super Sentai é um dos mais conhecidos do Japão e não é pra menos, desde a estreia da equipe pioneira Himitsu Sentai Goranger em 1975, crianças de várias gerações têm acompanhado pela TV as aventuras dos heróis japoneses coloridos e saltitantes que combatem monstros e salvam o mundo.
Porém, essa franquia de tanto sucesso da Toei Company passou por um momento em que esteve próximo de ter seu término e outro em que, por muito pouco, não foi cancelada. Acompanhemos agora quais foram esses momentos que quase levaram ao fim dos Super Sentais.
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Fiveman: a fórmula esgotou!
Durante os anos 80, as séries Super Sentai tiveram um roteirista principal: Hiroshisa Soda. Ele teve esse cargo de 1982 a 1990, portanto 70% das histórias que vimos em Goggle Five, Changeman, Flashman e Maskman aqui no Brasil foram escritas por ele. E devemos reconhecer que ele deu um upgrade ao gênero, sobretudo em Flashman que atingiu uma das maiores audiências da franquia.
Contudo, com o passar dos anos, a mesmice começou a tirar o brilho das séries Em Turboranger de 1989 a trama já era aquele “mais do mesmo”, embora salvasse pela originalidade de usar carros como tema até então inédito. Já em Fiveman de 1990 a fórmula se esgotou de vez.
Apesar da série ter bons pontos, as histórias dos episódios já estavam batidas, assim como os perfis personagens, o visual semelhante a Maskman, a história baseada em Flashman e vilões parecidos a todos os anteriores também não ajudaram muito o esquadrão a ganhar o agrado do público, nem mesmo os brinquedos não estavam vendendo bem.
Assim, a Toei se determinou a pôr um fim aos Super Sentais. Afinal, não era a primeira vez que ela fazia isso vide que os Kamen Riders ficaram três anos parados sem nenhum lançamento no começo dos anos 80 e os Metal Heroes tiveram seu fim em meados dos anos 90.
Entretanto, um gênero tão popular não podia terminar assim e surgiu a ideia de fazer uma série com elementos nunca vistos antes e que agradasse crianças e jovens, assim surgiu Jetman.
A repercussão do Esquadrão dos Homens Pássaro foi tamanha que, no ano seguinte, Zyuranger foi lançado voltado novamente ao público infantil e o gênero continuou nas TVs japonesas tranquilamente até o ano de 1995.
Ohranger: vítimas dos ataques no Japão.
Ohranger teve sua estreia no ano em que os Super Sentais completavam 20 anos. Inclusive há quem diga que a palavra “oh” que significa “rei” foi atribuída a série em homenagem a uma franquia que perdura há tanto tempo com tanto sucesso, inclusive no exterior sob a forma de Power Rangers.
Porém, naquele ano o Japão foi marcado por dois eventos graves: o ataque de gás ao metrô e o forte terremoto que atingiu Kobe. Isso fez com que a audiência de Ohranger caísse e a Toei, mais uma vez, considerasse o cancelamento da franquia.
Contudo, como as vendas dos brinquedos foram muito boas, foi dada mais uma chance para o ano seguinte com a vinda de Carranger, uma série com boas doses de humor que conquistou em cheio o público japonês e fez com que os Super Sentais continuassem até hoje nas TVs nipônicas.
Então, Jetman e Carranger evitaram o fim dos Super Sentais?
Oficialmente o real salvador do gênero foi Jetman vide a entrevista em que Toshihide Wakamatsu, ator do Black Condor em Jetman, revela que, na ocasião, foi dito que a série seria o último Super Sentai em 1991. Já Yuji Kishi que interpretou o Red Racer em Carranger disse não ter ouvido falar de nenhuma teoria de que o gênero fosse ser cancelado em 1996.
Portanto, a Jetman pertence o trunfo de não haver um fim dos Super Sentais e a Carranger somente uma hipótese. Mas, ambas as séries são boas e valem a pena serem assistidas. E se você já as viu, deixe um comentário dizendo o que achou.