Pretty Guardian Sailor Moon

Pretty Guardian Sailor Moon: conheça a versão live-action das guerreiras da lua

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Em 2003, a franquia Sailor Moon ganhou uma versão que surpreendeu fãs de longa data e atraiu novos públicos: Pretty Guardian Sailor Moon, o tokusatsu que adaptou a primeira fase do mangá de Naoko Takeuchi para o formato live-action.

Exibida pela TBS e produzida pela Toei Company, a série apresentou 49 episódios, além de especiais em vídeo. A proposta não era simplesmente reproduzir a animação: o drama televisivo foi repensado com foco em conflitos internos, relações humanas e uma estética mais realista, que combinava com o público da época.

Pretty Guardian Sailor Moon: uma releitura com personalidade própria

Pretty Guardian Sailor Moon foi transmitida de outubro de 2003 a setembro de 2004. Ao contrário do anime clássico, o tokusatsu priorizou o desenvolvimento dos personagens e a dinâmica emocional entre eles, incluindo aspectos inéditos, como a rivalidade entre Usagi e Mio Kuroki, a trajetória solo de Minako Aino como popstar, e o surgimento de novas formas como Dark Mercury, Princess Sailor Moon e Sailor Luna.

O universo da série foi adaptado para o século 21, com mudanças tecnológicas e estéticas: nada de fliperama secreto ou fitas cassete — agora as guerreiras usavam celulares mágicos com câmera. A transformação ganhava efeitos visuais mais próximos da linguagem do tokusatsu tradicional.

Alterações narrativas e impacto emocional

Diferente do anime, que alternava comédias escolares e batalhas mágicas, PGSM aprofundou temas como solidão, responsabilidade e luto. Um dos maiores exemplos está na personagem Minako Aino.

A Sailor V da série é uma celebridade que convive com uma doença terminal. Seu papel como sombra da verdadeira princesa a coloca em conflitos constantes entre o dever e seus desejos pessoais — e sua trajetória termina com a morte da personagem antes do episódio final, sendo posteriormente restaurada no universo recriado por Usagi.

Outras mudanças incluem:

  • a transformação de Ami em Dark Mercury, uma versão controlada por Kunzite, algo exclusivo dessa versão;
  • a adição da Sailor Luna, uma versão humana e combatente da gata que guia Usagi;
  • a apresentação da Princess Sailor Moon, uma fusão instável entre Usagi e sua persona do passado, movida por emoções descontroladas.

Esse tom mais sério foi resultado direto da escolha da roteirista Yasuko Kobayashi, que escreveu todos os episódios da série, repetindo a parceria de sucesso com a Toei em Kamen Rider Ryuki.

Produção, elenco e bastidores

O elenco principal foi escolhido entre mais de mil candidatas. Nomes que viriam a se destacar na indústria japonesa surgiram ali, como Keiko Kitagawa, que interpretou Rei Hino/Sailor Mars. A atriz destacou mais tarde que o trabalho na série foi essencial para aprender o ofício e formar seu estilo de atuação.

As atrizes principais foram:

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  • Miyuu Sawai como Usagi Tsukino / Sailor Moon / Princess Serenity / Princess Sailor Moon
  • Rika Izumi como Ami Mizuno / Sailor Mercury / Dark Mercury
  • Keiko Kitagawa como Rei Hino / Sailor Mars
  • Mew Azama como Makoto Kino / Sailor Jupiter
  • Ayaka Komatsu como Minako Aino / Sailor V / Sailor Venus
  • Rina Koike como Luna humana / Sailor Luna

A série contou com direção de nomes experientes como Ryuta Tasaki e participação intensa de Naoko Takeuchi, criadora do mangá, que supervisionou os designs de personagens e aprovou a inclusão das personagens inéditas.

O encerramento da série ganhou ainda dois especiais diretos em vídeo: Special Act, que mostra o casamento de Usagi e Mamoru, e Act Zero, uma prévia da origem de Minako como Sailor V.

Pretty Guardian Sailor Moon
As guerreiras lunares em versão live-action

Trilha sonora e produtos derivados

A música-tema de abertura, Kirari☆Sailor Dream!, foi interpretada pela cantora Sae e marcada por coreografias com as atrizes principais. Além disso, diversas faixas originais foram lançadas como parte da narrativa, como a música C’est La Vie, interpretada por Minako/Ayaka Komatsu, fazendo referência ao seu papel duplo de guerreira e ídolo pop.

Entre os lançamentos, destacam-se:

  • CDs de cada guerreira com músicas individuais;
  • o álbum Dear My Friend;
  • a coletânea Moonlight Real Girl Memorial CD Box;
  • DVDs da série completa, dos episódios especiais e de apresentações ao vivo, como o Kirari Super Live.

Um tokusatsu fora do padrão: entre o heroísmo e a fragilidade

Apesar de fazer parte da linhagem tokusatsu, Pretty Guardian Sailor Moon não teve robôs gigantes, explosões em larga escala ou cenas de destruição urbana. Em vez disso, priorizou emoções contidas, dilemas éticos, amores impossíveis e relações pessoais. O tom mais contido das batalhas foi compensado por atuações que mesclavam doçura e dor, principalmente em momentos como:

  • a transformação de Usagi em Princess Sailor Moon após perder Mamoru;
  • a decisão de Rei em se sacrificar para proteger Minako;
  • o sacrifício de Zoisite para salvar Endymion.

Essa abordagem gerou reações mistas: parte do público esperava algo mais próximo do anime clássico, enquanto outros elogiaram a ousadia na reinterpretação. Mesmo com um número modesto de episódios, a série se tornou cult.

Repercussão de uma série que dividiu e conquistou

Com mais de 110 mil DVDs vendidos até o fim de 2004, Pretty Guardian Sailor Moon foi um sucesso comercial entre meninas de 3 a 8 anos — superando Ashita no Nadja em diversas faixas etárias. Além disso, a série gerou diversos produtos derivados, como livros, brinquedos, jogos e eventos com a presença do elenco.

Em 2023, foi realizada a “Reunião das Guerreiras de 20 Anos”, com as cinco atrizes principais rememorando os bastidores da produção. O especial foi transmitido pela CBC e posteriormente disponibilizado na plataforma TVer e em versão estendida no U-NEXT.

Até hoje, o elenco se reúne ocasionalmente, publicando fotos das reuniões conhecidas como “Senshi-kai” (Encontro das Guerreiras), fortalecendo o vínculo entre elas e os fãs.

Por isso, Pretty Guardian Sailor Moon segue como um exemplo raro de tokusatsu voltado ao público feminino que não tentou imitar os moldes masculinos do gênero. Com uma abordagem mais emocional e intimista, essa versão da franquia trouxe novos significados ao legado das guerreiras da lua.

E se você tem interesse em saber ainda mais sobre essa versão, continue conosco e confira aqui o conteúdo que produzimos sobre Miyuu Sawai, a atriz que fez o papel da Sailor Moon!

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