Mangá do Jaspion, da época da série de TV, pode vir ao Brasil?
O Brasil pode ser palco de mais uma surpresa envolvendo um dos heróis japoneses mais amados pelos fãs de Metal Hero. Minoru Nonaka, designer conhecido por seu trabalho em séries como Cybercop, compartilhou em sua conta no X (antigo Twitter) que há conversas em andamento para trazer oficialmente ao Brasil o mangá original do Jaspion, publicado no Japão em 1985.
A obra, lançada paralelamente à estreia da série de TV, reconta de forma livre o episódio inicial da saga do herói galáctico, trazendo mudanças significativas nos personagens e em seus visuais. Segundo Nonaka, ainda não há uma confirmação definitiva, mas as tratativas com a Toei estão avançando. Se houver aprovação formal da empresa japonesa, a publicação poderá se concretizar.
ブラジルから
— のなかみのる (@2GHrLSJDRKZqfhi) April 30, 2025
ジャスピオンの単行本化を
前向きに考えていると
お話を頂きました。
まだ予定ですが
東映サンから許諾が出れば
具現化します。
決まります様に。 pic.twitter.com/JVK5ldON9p
Uma versão alternativa do Jaspion
Embora seja baseado na série que conquistou o Brasil, o mangá possui diferenças marcantes. O vilão Satan Goss, por exemplo, assume uma aparência ainda mais próxima à de Darth Vader. Já Anri, a androide companheira de Jaspion, aparece com cabelo Black Power — uma inversão em relação à versão televisiva. A criatura Miya surge em tamanho reduzido e com feições que lembram um mascote de anime, enquanto o robô gigante Daileon exibe um golpe final diferente do visto na série.
Outro detalhe curioso é o uniforme de Jaspion fora da armadura, que lembra o traje dos Policiais do Espaço. Essas mudanças tornam a obra única, quase como uma linha do tempo alternativa que, agora, pode ganhar nova vida impressa.
O papel de Nonaka na preservação da memória
A iniciativa de trazer esse mangá ao Brasil mostra não só o reconhecimento do carinho dos brasileiros pelo herói, mas também a dedicação de Minoru Nonaka em manter viva a história do tokusatsu. O designer tem se mostrado próximo dos fãs brasileiros nos últimos anos, revelando bastidores de suas criações e participando de entrevistas que resgatam o contexto das produções da época.
Ele já havia causado impacto ao mostrar artes conceituais descartadas de Cybercop e até mesmo projetos de séries que nunca chegaram à TV, como Scramble Guardian. Agora, volta aos holofotes ao indicar um possível lançamento de material raro e praticamente desconhecido fora do Japão.
Jaspion e sua longa história nos quadrinhos
Essa não seria a primeira vez que Jaspion ganharia as páginas das HQs. No início dos anos 90, a Editora Abril publicou 12 edições inéditas estreladas pelo herói, com aventuras criadas especialmente para o público brasileiro. Essas histórias misturavam o clima do tokusatsu com influências dos quadrinhos americanos e até apostavam num romance entre Jaspion e Anri.
Já na década de 80, a editora Ebal havia publicado HQs baseadas diretamente nos episódios da série, acompanhadas de outras franquias da Toei como Changeman e Sharivan. O sucesso foi tamanho que inspirou até paródias em revistas como a MAD e na Turma da Mônica, com os célebres Xingamen.
O valor de uma publicação oficial
A possibilidade de uma edição nacional do mangá japonês de 1985 representa um marco. Seria a primeira vez que o público brasileiro teria acesso legal e em português a esse material tão peculiar, com tradução e impressão cuidadosas. Em tempos de relançamentos e homenagens nostálgicas, esse movimento pode fortalecer ainda mais a presença do tokusatsu no mercado editorial.
Para que isso ocorra, contudo, ainda é necessário o aval oficial da Toei, detentora dos direitos sobre o personagem. Minoru Nonaka deixou claro que se trata apenas de uma proposta por enquanto, mas o otimismo é real — especialmente considerando o histórico positivo de licenciamento para o Brasil.
Uma celebração ao Jaspion
A publicação desse mangá seria também uma homenagem aos fãs brasileiros, que mantêm o legado do herói vivo mesmo décadas após sua estreia. Jaspion continua sendo símbolo de uma geração que cresceu assistindo heróis japoneses na televisão, e seu impacto cultural é visível até hoje em eventos, coleções e novas adaptações.
Se o projeto for aprovado, será mais um capítulo na história de um personagem que continua relevante, conectando passado e presente por meio das páginas de um mangá que atravessou continentes.
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