religiões do Japão

Saiba quais são as principais religiões do Japão

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Quando falamos em religiões do Japão, logo pensamos em monges e lindos templos tradicionais. Mas a que religiões eles, de fato, pertencem? Existem outros cultos religiosos na terra do tokusatsu

Neste artigo, falaremos sobre as práticas religiosas predominantes no Japão (Shintoísmo e Budismo), além de outras menores, como Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, Sikhismo, Jainismo e as chamadas novas religiões.

Shintoísmo: a mais antiga das religiões do Japão

O shinto, ou “caminho dos deuses” é a mais antiga e expressiva das religiões do Japão. Praticada por 84% da população, surge de um conjunto de tradições pré-históricas regionais, baseadas no culto à natureza e à ancestralidade – segundo ela, a divindade está em cada aspecto da natureza, como em árvores, montanhas ou animais. 

Porém, foi apenas após a chegada do budismo, no século VI, que o Shintoísmo se institucionalizou formalmente no Japão.

Budismo: a quinta maior religião do mundo

Originário da Índia, o budismo espalhou-se aos poucos pela China e Coréia, até chegar ao Japão, no Século VI. Teve grande adesão, devido ao suporte prestado pelo Príncipe Shotoku à construção de templos importantes. Trata de temas como o ciclo da vida, leis do karma e reencarnação, sendo hoje a quinta maior religião do mundo. 

Estima-se que 71% das pessoas no Japão sejam budistas, e isso é possível pois boa parte da população acredita que o budismo e o shintoísmo são complementares – identificando-se, portanto, com ambos. Esse sincretismo é chamado de Shinbutsu-Shuugou.

Cristianismo

Introduzido no Japão em 1549, pelo jesuíta Francisco Xavier e pelo samurai Ansei Yajiro, o cristianismo teve uma boa adesão inicial – até 1614, havia mais de 300 mil japoneses convertidos. Foi quando a religião foi proibida pelo governo japonês, e muitos cristãos foram perseguidos e executados. 

Em 1873, o cristianismo foi reintroduzido no país, e, embora apenas 1,1% da população siga a religião, muitas tradições cristãs foram assimiladas pela sociedade japonesa, como a celebração do Natal e de casamentos ao estilo ocidental.

Islamismo

O islamismo é uma religião abraâmica surgida na Arábia, baseada no culto a Alá, nos ensinamentos do profeta Maomé e nos escritos do Alcorão. No Japão, é praticado principalmente em pequenas comunidades de imigrantes.

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Judaísmo

Em 1853, a abertura dos portos japoneses ao resto do mundo trouxe os primeiros imigrantes judeus para o país. Durante a Segunda Guerra Mundial, graças ao diplomata japonês Chiune Sugihara, milhares de vistos foram emitidos para que judeus europeus, fugitivos do holocausto, encontrassem refúgio no Japão, a despeito da aliança entre o império japonês e a Alemanha. 

Após a guerra, muitos desses imigrantes partiram para o que viria a se tornar Israel. Entretanto, alguns permaneceram, formando suas famílias no Japão. Estima-se que, hoje, a comunidade judaica japonesa some cerca de 2.000 fiéis, a maior parte concentrada em Tóquio e Kobe.

Sikhismo

Uma religião monoteísta fundada ao final do Século XV no Punjab (região entre o Paquistão e a Índia), traz alguns elementos em comum com o hinduísmo e o sufismo (uma corrente mais mística do islamismo). Possui poucos seguidores no Japão, a maioria composta por famílias de imigrantes indianos.

Jainismo

Uma das religiões mais antigas da Índia, prega o desenvolvimento espiritual por meio do desapego das paixões materiais, da não-violência e de um extremo ascetismo. Há poucos praticantes japoneses, e apenas três templos.

As novas religiões

O século XX trouxe o surgimento de novos movimentos religiosos no Japão, os chamados Shin Shuukyou. Tais cultos vêm ganhando força, por meio do uso hábil dos grandes meios de comunicação e propaganda, além de promessas de transformações miraculosas e do apelo a um forte senso de comunidade entre seus seguidores.

Geralmente, reúnem elementos de diversas tradições, como os já citados budismo e shintoísmo; do confucionismo, taoísmo e shamanismo; de doutrinas científicas de origem estrangeira, como medicina psicossomática e psicanálise; e até mesmo superstições populares.

Alguns fundadores desses cultos são venerados como deuses vivos. Desde 1995, quando a seita Aum Shinrikyou realizou o famoso atentado a gás Sarin no metrô de Tóquio, as novas religiões têm estado sob maior vigilância.

A influência religiosa no Japão também se estende a outros aspectos da sociedade. Preceitos confucionistas influenciaram fortemente a ética e filosofia japonesa. Já a presença do taoísmo se dá através do horóscopo chinês e em crenças populares, enquanto cerca de 70% dos casamentos são realizados aos moldes ocidentais.

E você? Conhece outras religiões do Japão? Deixe um comentário contando para nós!

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