Ator de Kamen Rider é investigado pela polícia de Tóquio por invasão

Ator de Kamen Rider Meteor estrela filme com personagem brasileiro

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Quando se fala em Ryo Yoshizawa, muitos fãs de Kamen Rider imediatamente se lembram de seu papel como Ryusei Sakuta, o Kamen Rider Meteor de Kamen Rider Fourze.

A série marcou uma geração, e Yoshizawa deixou ali uma impressão duradoura — por sua atuação carismática, olhar expressivo e as homenagens discretas ao estilo Bruce Lee nos combates. Anos depois, o ator retorna aos holofotes com um projeto bem diferente, mas igualmente impactante: o filme Família, recém-chegado ao catálogo do Amazon Prime Video no Brasil.

Desta vez, Yoshizawa troca os socos e poses de herói por emoções contidas, silêncios carregados de significado e diálogos íntimos. Seu personagem, Manabu, é um engenheiro que decide largar a vida no exterior para retornar ao Japão e se reconectar com o pai. Mas a história vai além do reencontro familiar: Família trata de identidade, migração e pertencimento — com um toque especial para o público brasileiro.

Filme com pegada realista e presença brasileira

No enredo, Manabu vive na Argélia com sua esposa, uma refugiada que já enfrentou o mundo de frente. Ao decidir voltar ao Japão para trabalhar com cerâmica ao lado do pai, ele reencontra não só suas raízes, mas também novos desafios. O ponto de virada acontece com a entrada de Marcos, um jovem brasileiro que, após se ferir tentando escapar de uma gangue, é acolhido por Manabu e sua família.

Marcos carrega uma história comum a muitos brasileiros descendentes de imigrantes no Japão: criado ali, mas sem nunca se sentir verdadeiramente parte. Interpretado por Lucas Sagae, o personagem não é apenas um adereço narrativo — ele é um espelho das tensões culturais que o filme se propõe a tratar com sensibilidade e realismo.

Uma nova faceta de Ryo Yoshizawa

Para quem acompanhou Yoshizawa desde Fourze, Família representa mais do que uma mudança de registro: é um salto na carreira. O ator já havia mostrado sua versatilidade em filmes como Gintama, Tokyo Revengers e Kingdom, mas aqui ele mergulha em um papel de camadas mais sutis.

Seu Manabu é ao mesmo tempo filho, marido, mediador e ponte entre mundos distintos. É o tipo de personagem que exige uma atuação de escuta, mais do que de fala — algo que Yoshizawa domina com maestria. O resultado é uma presença contida, mas profunda, que carrega o filme sem roubar a cena de ninguém.

Elenco de peso e direção sensível

Ao lado de Yoshizawa está Koji Yakusho, um dos maiores nomes do cinema japonês contemporâneo, conhecido internacionalmente por Dias Perfeitos. Ele interpreta Seiji Kamiya, pai de Manabu, um artesão calado que vê sua vida revirada com o retorno do filho e a chegada inesperada de um estrangeiro cheio de ressentimentos.

A direção é de Izuru Narushima, que conduz a história com um olhar cuidadoso para os pequenos gestos, sem pressa. O roteiro, assinado por Inagaki Kiyotaka, aposta em situações cotidianas e não força viradas mirabolantes — o que pode ser um respiro bem-vindo para quem busca algo fora do circuito comercial padrão.

Um filme para além das fronteiras

Família é uma obra sobre recomeços. Mas também sobre o que significa ser estrangeiro, mesmo no país onde se nasceu. A presença de um personagem brasileiro interpretado com seriedade, sem estereótipos, torna o longa especialmente relevante para o público daqui.

A chance de ver um ator de tokusatsu pode também emocionar numa história de contemplação e afeto. Aliás, sabia que Ryo Yoshizawa chegou a ser investigado pela polícia no começo deste ano? Confira nesta notícia que publicamos!

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