Precisamos matar o Jaspion (em prol do tokusatsu no Brasil)

Precisamos matar o Jaspion (em prol do tokusatsu no Brasil)

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Gosto muito do Jaspion, foi o segundo tokusatsu que vi na vida. O primeiro foi Changeman que estreou ao lado dele na Rede Manchete em 1988.

Sou muito grato não apenas por suas aventuras, mas também por ter sido o título responsável por trazer muitos outros heróis à televisão, único meio que tínhamos na época para acompanhar essas produções, e que seguimos vendo nos dias de hoje em canais online.

Porém, como tanto tempo se passou, apesar do meu gosto pela série, minha experiência como redator do Toku Blog me fez chegar à seguinte conclusão: precisamos matar o Jaspion.

Continue a leitura para saber o porquê.

Por que Jaspion é importante para o Brasil?

Jaspion não se tornou apenas um ícone entre os tokufãs, mas todos os brasileiros nascidos e crescidos nas décadas de 80 e 90. Se você perguntar a algum jovem da geração Z, entretido com seu celular, quem é Jaspion, ele (ou ela, ou elu) não saberá responder. Mas, os querentões da geração Y ou X, com certeza.

Afinal, não apenas as crianças, mas todo mundo via Jaspion, até porque muitas famílias tinham apenas um aparelho de TV em casa. Então, não importa se fosse programação infantil ou telejornal, víamos todos juntos.

A paixão pela série foi tanta que gerou muitos produtos como álbum de figurinhas (compre aqui), bonecos (compre aqui) e histórias em quadrinhos (compre aqui, poxa, este blog não tem patrocínio, clica no link e me ajuda a ganhar uma comissão, pelo menos).

Portanto, o quarto herói da franquia japonesa dos Metal Heroes ajudou a difundir a cultura nipônica no Brasil. Mas, como tudo tem um limite…

Quando Jaspion começou a ficar maldito (como diria MacGaren)?

Assim como os animes passaram a ganhar força no país a partir de Cavaleiros do Zodíaco em meados dos anos 90, Jaspion seguia forte e bem conceituado pelos fãs, mesmo décadas após a sua estreia por aqui, o que continuou sendo bom para o tokusatsu.

Mas, o tokusatsu, como um todo, tem mais de 500 títulos, produzidos no Japão e em outros países pelo mundo. Então, por que o fandom ainda mantém o foco num herói que tem quase meio século de idade?

Os próprios dados do Toku Blog comprovam isso: quando posto um conteúdo geral sobre tokusatsu (este, por exemplo), a repercussão é baixa. Mas, se o assunto for Jaspion (mesmo sendo “Ator do Jaspion é flagrado comendo moqueca de banana no Rio de Janeiro“), o engajamento é muito alto.

E isso nos leva a somente uma conclusão.

Precisamos matar o Jaspion

Para o tokusatsu realmente prosperar no Brasil, o Jaspion precisa morrer (o que daria muita alegria a Satan Goss). Afinal, a aclamação de uma série antiga atrapalha o avanço de outras.

“Ain, nada a ver, Ivan. Por exemplo: Dragon Ball Super continua sendo produzido, e a série original é dos anos 80.”

Sim, mas são aventuras novas que atiçam o público. Por outro lado, Jaspion não tem mais episódios desde 1986 e isso prejudica o crescimento do fandom que deu mais audiência a esta live sobre a volta do seriado dublado (e repetido) ao YouTube do que esta que traz informações e dicas matadoras de como morar no Japão, terra do Jaspion.

Queremos que tokusatsu seja sinônimo de séries e filmes com ação, explosão e emoção? Ou seriados oitentistas de gente velha? Me desculpe a sinceridade, mas se você viu Jaspion na Manchete, está envelhecendo, assim como eu também estou, e testemunhas são os meus fios de cabelo branco.

Por isso, com a morte do Jaspion (ainda que permaneça vivo em nossas memórias e nas plataformas de streaming), outros heróis virão, tal como no passado também tivemos Ultraman e National Kid. Mas, e você? Qual herói atual gostaria de ver no gosto dos brasileiros após o Jaspion morrer? Diga nos comentários!

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